CARACTERIZAÇÃO DA MARCHA DE TRIPLICES APOIOS DEFINIDOS PELA
COMODIDADE
*Lúcio Sérgio de Andrade
Além do meio visual, com base na dissociação dos deslocamentos, outra
referência da boa ou má dissociação é pela comodidade.
Primeiro, sem a necessidade de montar. Se o arbitro observa movimentos
para cima e para baixo das mãos e braço do cavaleiro, de seu ombro,
das pernas e do assento, serão indicativos de atritos verticais. Este
tipo de atrito será tanto mais forte quanto mais excessivamente
diagonalizados forem os deslocamentos, com mínima dissociação dos
bípedes diagonais.
Se o árbitro notar movimentos para frente e para trás da coxa e pernas
do cavaleiro, associados ou não a movimentos para os lados do assento,
serão indicativos de atritos laterais. Este tipo de atrito será tanto
mais evidente e desconfortável quanto mais excessivamente
lateralizados forem os deslocamentos, com mínima dissociação dos
bípedes laterais. A marcha pode ser sentida de forma macia, porque não
ocorrem os atritos verticais, porém não será cômoda, em especial após
um tempo maior de cavalgada. Quanto à perda do equilíbrio dinâmico, a
explicação é exatamente o tempo excessivo de apoios laterais.
Se o árbitro notar uma combinação de atritos laterais e atritos
horizontais, provavelmente o animal também apresentará alguma
deficiência grave nos membros posteriores, seja uma irregularidade de
aprumos e/ou impotência da força de impulsão.
Um outro tipo de atrito é o frontal, mais difícil de ser percebido a
olho nu. Durante muitos anos, o atrito frontal era relacionado com o
defeito de bater espáduas. Mas esta não é a causa. Este atrito é
sentido quando há algum desvio dinâmico acentuado de membros
anteriores, dos tipos remar ou ceifar, ou quando ocorre elevação
excessiva dos membros anteriores, principalmente quando é sucedida por
impactos mais fortes dos cascos, o que se chama popularmente de"martelar".
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